Amor é uma palavra tão pequenina. Mas, para nós, é uma imensidão inteira. Quem busca em nossos registros ou nos visita certamente já ouviu a frase: "A Fundação Julita nasceu de uma história de amor". Foi por amor à sua esposa, Julita Prado, que Antonio Manoel Alves de Lima decidiu criar a Fundação.
Em 27 de junho de 1873, nascia o filho de Octaviano Augusto Alves de Lima e Izabel de Arruda, que ganhou o nome de Antonio Manoel. O menino cursou os estudos primários em sua cidade natal, Tietê, interior de São Paulo, e também em Capivari. Mais tarde, foi enviado para especialização em Altona, Alemanha, onde permaneceu por uma década.
A família Alves de Lima se dedicou ao setor cafeeiro brasileiro e a carreira de Antonio Manoel foi pautada no ramo da agricultura, tendo sido presidente da Companhia Agrícola Guatapará e do Instituto Brasileiro do Café de São Paulo. Foi também Secretário da Agricultura do Estado de São Paulo de 1930 a 1931, com o fim da República Velha.
O ano de 1898 nunca mais seria esquecido por Antonio. Foi o ano em que se casou com o grande amor de sua vida, Julita da Silva Prado, com quem teve cinco filhos (conheça a história de Julita).
Antonio Manoel conheceu a dor da perda diante da morte de uma de suas filhas, a mais nova, com dois anos de idade: Maria Izabel. E, alguns anos depois, foi Julita quem o deixou.
A escrita sempre foi uma grande aliada de Antonio, que chegou a publicar cinco livros. Vários de seus poemas e escritos foram dedicados para Julita. Sua obra literária também tratou de assuntos econômicos, reflexões da vida e espiritualidade.
Em 6 de dezembro de 1951, Antonio Manoel inicia uma trajetória inspirada pelo amor à sua esposa e por sua paixão pelas causas sociais: a Fundação Julita. Construiu a organização em suas terras, antes mesmo da região ser chamada de Jardim São Luís e se tornar um dos bairros mais vulneráveis da cidade, que ganharia contornos de periferia na década de 1990.
Com um vislumbre visionário, que deve ter marcado sua personalidade, construiu casas para abrigar e acolher famílias de migrantes rurais. A vida na Fundação Julita nos anos de 1950 inicia de forma comunitária, cooperativa, sustentável, com respeito aos direitos humanos de dignidade à vida, moradia, educação, saúde, alimentação e oportunidade de trabalho e renda, conforme Estatuto redigido por seu fundador:
Antonio Manoel morreu aos 96 anos de idade, em 11 de abril de 1969. Deixa um legado que vive até hoje, impactando uma região de extrema vulnerabilidade social. Um oásis de esperança e muita luta por justiça social em meio à periferia urbana!
Assim como ele mesmo escreveu em uma carta pós-morte para Julita:
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