“Fazer parte desse processo (da Julita) me possibilitou ser uma pessoa que pensa no coletivo e busca fortalecer as raízes”
Quando cheguei na Fundação Julita eu ainda era bebê, fiz parte do CEI (Centro de Educação Infantil) da Julita. Minha mãe veio pro bairro, porque tudo aqui era mais acessível, escola pra gente e trabalho pra ela. Então ela acabou conhecendo a Julita.
Logo após que sai do CEI, alguns anos depois, entre 6 e 7 anos eu comecei a fazer parte do (projeto) Iniciação Esportiva. E por conta que eu não faltava, acabei sendo colocado pra fazer o CCA (Centro da Criança e Adolescente). Aí eu passei por todos os grupos do CCA; passei por todas as etapas, com vários educadores até chegar no CJ (Centro da Juventude), que é quando a gente completa 15 anos.
Daí fiz curso de “Costura”, foi muito gratificante e aprendi diversas coisas também. Saindo do CJ eu fiquei 2 anos no (Projeto) Jovens Monitores, onde eu comecei a me conhecer melhor, a me planejar, a falar de projeto de vida, o que eu queria pro meu futuro e como ia chegar nisso.
Logo após, fui aceito no (Projeto) Comunidade em Movimento, que é uma extensão dos Jovens Monitores. Recebo uma bolsa auxílio e, em contrapartida, faço uma carga horária de 4 horas na Fundação Julita.
Comecei a Faculdade de Educação Física e me tornei educador do Centro de Educação em Esporte da Fundação Julita. Após um ano, fui efetivado pra trabalhar como auxiliar de recreação no Programa Criança e Adolescente.
Isso é muito gratificante ver essa evolução, de aluno da primeira infância na Julita até ser contratado como educador, e poder contribuir, devolver tudo aquilo que alguém fez por você um dia.
Então uma pessoa que era muito individualista, que queria tudo pra si, queria jogar sozinho, queria montar o time, fazer tudo. Hoje quer trazer as pessoas pra perto, quer que as pessoas façam parte disso também, quer fortalecer aonde veio, o lugar onde mora. Esse é o pensamento de união e a Julita trabalha muito isso, então fazer parte desse processo me possibilitou hoje ser uma pessoa assim, que pensa no coletivo e busca fortalecer as raízes.
A importância da Fundação Julita é essencial. A Fundação dá a mão pra gente desde a infância. E, quando você cresce, pega o diploma e se forma, a organização continua te dando apoio, continua segurando a sua mão. Isso é essencial!
Você consegue ver nitidamente a diferença entre uma pessoa que teve a Fundação Julita e uma que não teve. A que teve a Julita passou por um processo de desconstrução, interagiu com outras crianças, teve várias pautas, aprendeu várias coisas! Teve o lúdico bem desenvolvido! Então, pra mim, a Julita é essencial, é essencial ter uma Fundação Julita!
Depoimento de Fabio Santos - Educador da Fundação Julita
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